Por vezes algumas sombras tomam frente a minha mente, e textos como esse abaixo vem a mim como um relâmpago. Por horas eles me assustam, mas em alguns momentos eles passam a fazer certo sentido. Queria que não fizessem, mas fazem... Nunca postei algo assim, mas acho que guardando as devidas proporções todos tem esse lado sombrio e precisam expô-los de alguma forma. A minha forma é e será essa. Não espero que todos gostem, mas também espero que não repreendam, pois não adianta negar a sombra. Por mais bonzinho(a) que você seja , ela também esta em você.
Aos poucos vou voltando a esse canto aqui, espero postar algo melhor na proxima.
Quanto mais a alma se esconde nas sombras, mais frios os comportamentos vão se tornando.
A mente torna-se extremamente habilidosa conseguindo ser cada vez mais uma maáquina racional, cauculista e sem sentimentos.
Dos verdadeiros sentimentos, o ser consegue com maestria falar e manipulá-los, mas sentí-los é impossivel, visto que ao se aprimorar a técnica acaba-se por assassinar a prática.
É tão fácil falar de amor e não sofrer por ele, não sentí-lo. Isso torna o viver bem mais simples, conquistar e perder passam a ser simplesmente verbos que são facéis de se conjugar pois nada fere quem possui a habilidade de se despojar dos sentimentos que se mostraram por vezes inúteis.
O sentir se torna um mero método para se ludibrias as mentes e os corações fracos, pois se pode dizer amante e não amar, amigo e não saber o que é compartilhar uma amizade, pode-se até mesmo chorar sem estar realmente sofrendo, tudo em nome da arte de atuar em benefício próprio. Tudo isso, toda essa maravilhosa capacidade está inserida nesse ser tão infinito de possibilidades: o ser humano.
Cabe a poucos ainda, nesse momento o dom de usar esse lado visto como imoral e sombrio.(Será que é mesmo?) Mas se somos tão capazes, porque não urilizarmos também essa potencialidade?
Estou passando cada vez mais a me questionar se não vale a pena assumir a "sombra" que me apresenta como benefício um "programa de governo" bem mais tentador do que este que hoje domina meu ser, cheio de sentidos e sentimentos,mas que me decepciona cada vez mais me dando sofrimentos e angústias ao invés dos bons sabores de sentir.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Se deslocar para o lado sombrio
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Infinito tic-tac do desespero
Precisando desabafar, volto ao meu velho amigo para lamentar mais um pouco, pois como sugere o nome, talvez essa nau leve embora mais uma lamentação...
As peças não se encaixam nesse quebra cabeça louco que virou a minha vida. Estou perdido em meio a um mundo de imperfeições que eu mesmo criei, onde não tenho nada pronto, onde nenhuma questão foi fechada por falta de capacidade de enfrentamento dos vários desafios aos quais fui exposto.
Quanto mais eu tento me definir, mas me perco.
Por momentos sou inocente, outrora criminoso, doce e gentil e logo após amargo e cruel. Sinto que não sou nada, não tenho nada e agora pareço também não querer nada.
Quanto mais eu tento me definir, mas me perco.
Por momentos sou inocente, outrora criminoso, doce e gentil e logo após amargo e cruel. Sinto que não sou nada, não tenho nada e agora pareço também não querer nada.
Sou como uma das varias engrenagens de um complexo relógio. E venho notando que esse relógio possui um defeito.
Entre os vários dentes da engrenagem desse relógio existe uma ruptura na qual sempre que o mecanismo passa por ela, ocorre um atraso, um desgaste. E esse desgaste é o que aos poucos está me matando.
Pelos atrasos desse relógio se compreende todos aqueles momentos decisivos, de confronto, de mudança, de exposição de sentimentos aos quis preferi fugir e adiar por achar que não estava preparado. É doloroso constatar que preparação dependia de como eu passaria por todos esses momentos aos quais adiei, nos quais “o relógio se atrasou”.
Anteriormente, apesar de todo o atraso gerado, eu sempre senti que poderia retomar o tempo perdido e ajustar o funcionamento. Agora não estou tendo essa perspectiva. Não estou encontrando uma solução cabível as minhas necessidades e a corrosão gerada pelo defeito em minha trajetória está afetando muito mais o funcionamento dessa engrenagem toda que tenho por dentro.
Muita dor, muito sofrimento, um desgaste que parece inútil corrigir. A cabeça pesa o corpo já não é mais aquele que regenerava facilmente das quedas e a vontade de ampliar os horizontes e sonhar com algo impossível ou até mesmo possível não é a mesma e parece não se manifestar.
Viver é um caminho angustiante, o tic-tac do relógio da vida já se compara a uma melodia triste, funesta, e até mesmo fúnebre de um final que se aproxima a passos lentos e torturantes num caminho onde pouca coisa foi proveitosa e a razão de tudo isso são “os atrasos do relógio”.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Quem morre
Faz tempo que não posto nada por aqui, o tempo está cada vez mais esprimido, mas, para não deixar esse espaço abandonado as moscas, vou postar um texto que gosto muito e ajuda muito para que façamos boas reflexões. Boa leitura.
Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.
Pablo Neruda
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