quinta-feira, 19 de junho de 2008

Carta Suicida

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Se nesse exato momento, eu resolvesse que devo me matar;
Que passado eu teria agora para relembrar e apagar.
Como eu queria clamar em alta voz que um dia arrisquei;
Ou que em algum momento, em meu privilégio pequei;
E mesmo sabendo que tudo ia dar errado, mesmo assim eu errei, mas tentei.
Quanta vergonha tenho de dizer: "vivi";
Nem sei se ao menos posso afirmar que existi;
Então do que me valeu tudo isso, se chegando agora, ao começo do meu fim;
A vida se resume e termina em um sincero: desisti.

Desisti de viver, por medo de errar;
E tive um dia a inútil tarefa de desistir de perder;
Pelo simples medo de poder talvez ganhar.
Não trilhei nenhum caminho, por medo de tropeçar;
Nem mergulhei bem fundo, mesmo sabendo que poderia nadar.

Entre os tantos porquês da minha vida, que tenho medo de perguntar;
Queria saber realmente, o que tenho de bom pra lembrar;
Que musica, tive o prazer de ouvir e sair a cantar;
Quantas vezes fiquei parado a contemplar o luar;
E o porquê, que não recitei aquele belo poema;
Que por tantas vezes, ensaiei pra te falar.

Não amei, não cantei, não me arrisquei à falar;
Nunca joguei, não falhei, nem mesmo me permiti pecar.
Envergonhei-me, não perguntei, nem tenho lembranças boas pra comentar;
Por fim, está reflexão, só me deu mais certeza;
Que realmente chegou a hora de deixar de vegetar.


Antes que pensem que estou pensando em me suicidar,quero deixar claro que a morte nesse texto tem sentido simbólico.Morre o velho prá brotar o novo.E se espera que esse novo seja realmente melhor.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Uma das cartas de amor que nunca enviei...

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Ontem foi dia dos namorados.Grande coisa!!!Mas algumas vezes na vida,por causa de grandes cobranças que essas datas nos trazem,eu fico mei frustrado por estar no grupo daqueles que ainda não comemoraram essa data ao lado de um grande amor.O texto abaixo,é um dos motivos pelo qual ainda não consegui isso.Ainda falta coragem de envia-lo.



Pare por um momento...
Olhe ao redor, será que realmente você já esgotou todas as possibilidades?
Afinal, o que procura tanto?Será que vale a pena insistir tanto em algo que há muito, muito tempo, não está te recompensando.
Às vezes o que mais esperamos está tão perto, que a nossa visão ampla, nos impede de ver o que está presente numa simples solução.
Estou sempre aqui, Compartilho suas tristezas, queria muito ser lembrado quando estivesse sorrindo.
Escuto seus dramas pessoais; queria saber quanto você se satisfaz ao resolvê-los.
Às vezes, sinto sua falta, não somente porque prezo a sua amizade, pra falar a verdade sinto que de alguma forma você me completa.
Em alguns momentos, pensei em dizer que te amo porem tenho medo de ser mal interpretado.
Não quero e de maneira nenhuma, quero me arriscar a perdê-la.
De fato, o que eu queria realmente entender, é o porquê de você dar tanto valor a alguém que não te merece.
Queria eu ser valorizado com tanto afeto assim.
Não dá pra entender, como uma pessoa tão insignificante a meu ver, pode ofuscar de tal forma a sua visão.
Não dá pra aceitar a idéia de que ele nada faz e nunca fez, pra merecer todo esse afeto.
E se fosse somente o afeto!!!
Queira entender porque só amamos quem muito nos despreza.
Ah!!!O amor poderia ser como A água ou com uma ou outra necessidade fisiológica. Uma coisa simples que pudéssemos buscar em qualquer lugar,ou pedir em qualquer porta.
É verdadeiramente uma pena que não é assim.
Olhe em sua volta, não sou somente um grande amigo, ou não me vejo tão simples assim. Queria ser mais.Não que não goste de ser visto dessa forma,mas, sinto que no fundo ,minha potencialidade deseja mais de mim e também de você.
Queria que sua pergunta da próxima vez viesse da forma correta, e que aquele simples: "Você gosta de mim?", não viesse carregado de um tom simplista de amizade.
Não quero somente te ajudar a encontrar uma solução para suas buscas afetivas. Quero estar, ou se não for pedir demais,quero ser a parte mais importante dela.
Nunca esperei que de alguma forma aceitasse isso, bem no fundo, espero que se encontre e que encontre a solução. Mas seria perfeito,que nessa sua busca,Eu,fosse uma obvia e extremamente comemorada descoberta nessa angustiante busca que acompanho a tanto tempo.
Como disse antes, não queria te dizer isso por medo de perder você. Mas medo maior tenho eu,de somente me tornar, o porto seguro,onde você só vem para curar suas feridas e se abrigar das tempestades.


(Obs:Quando falo que nunca passei um dia dos namorados com alguem que amava,é simplesmente isso.Tive alguns relacionamentos,mas sempre acabaram antes dessa data.Ainda não sei porquê...)

sábado, 7 de junho de 2008

Quando me amei de verdade

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Olá, o texto “Quando me amei de Verdade” não é de Chaplin, é um texto composto por trechos do livro de mesmo nome, traduzido por Iva Sofia Gonçalves Lima e publicado pela Editora Sextante em 2003. O livro original se chama “When I Love myself enough” escrito por Kim McMillen e publicado pela filha Alison McMillen.Cometi um erro a publica-lo como se fosse obra desse grande mestre.Mas mesmo não o sendo,seria um imenso erro desmerecer tanto o grande Chaplin quanto o belo texto a seguir.


Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!!
(Kim McMillen )Traduzido por Iva Sofia Gonçalves Lima.
Agradeço pela correção feita pela biazinha, sempre atenta em defesa da cultura...
Valeu, obrigado.